A linguagem popular é rica, simbólica, muitas vezes intensa. E foi exatamente com essa força que Jerônimo Rodrigues se expressou ao desejar o fim de um tempo sombrio no país. Ao falar de enterrar o bolsonarismo, não falou de morte literal, mas de superação. Quis simbolizar o encerramento de um ciclo de dor, de exclusão, de desumanidade. Mas quem sempre desprezou a linguagem do povo, agora usa esse desprezo como estratégia para atacá-lo.
Jerônimo foi vítima de uma má-fé cuidadosamente construída. Não há surpresa nisso. Afinal, a elite não admite que alguém com sotaque de sertão, que entende de umbanda e de ladainha, chegue ao poder e se expresse com autenticidade. Querem domesticá-lo. Reduzi-lo. Mas ele não se curva. Fala com a firmeza de quem sabe que carrega o sentimento coletivo de milhares de brasileiros que já perderam muito — e não querem perder mais.
O povo entendeu Jerônimo. Porque o povo fala como ele. O povo também deseja enterrar o ódio, o racismo, o desprezo institucional. O povo quer vida nova. E é exatamente isso que ele propõe. Por isso incomoda. Por isso tentam transformar sua fala em veneno. Mas veneno é o que eles despejaram sobre o país por quatro anos — e Jerônimo está tentando curar.
Curar com política, com sensibilidade e com palavras sinceras. Mesmo quando doem. Porque só a verdade transforma.
